A participação política ou a falta dela é em Portugal e não só, um tema bastante actual, não descurando contudo a existência de países em que a Política é bem mais participada.
No nosso país em especial e de uma forma mais transparente para a sociedade, os números da participação política, revelam-se com mais pertinência aquando dos momentos eleitorais, onde podemos verificar desde os primórdios da democracia portuguesa, o aumento da abstenção, que já chegou a ser de apenas 8% , também claramente, devido a uma conjuntura completamente diferente.
No nosso país em especial e de uma forma mais transparente para a sociedade, os números da participação política, revelam-se com mais pertinência aquando dos momentos eleitorais, onde podemos verificar desde os primórdios da democracia portuguesa, o aumento da abstenção, que já chegou a ser de apenas 8% , também claramente, devido a uma conjuntura completamente diferente.
Engane-se no entanto, quem pensar que a participação política consiste apenas em votar de 4 em 4 anos ou de 5 em 5. Interessante será também mostrar aos muitos desconhecedores, os números reveladores da participação política, mesmo dentro dos partidos, onde por muito estranho que pareça, o número de votantes dos actuais líderes dos principais partidos de Portugal (PS e PSD), cabem sem encher , num estádio de Futebol como o do Futebol Clube do Porto.
Mas o que será que esta ridícula percentagem da população em termos numéricos, tem a mais do que a larga maioria? Será que são mais capazes e mais inteligentes que todos os outros ou serão apenas aqueles que têm algum interesse pela coisa pública, ou por outro lado, como muitas vezes ouvimos dizer, têm o interesse de elevar as suas próprias aspirações pessoais?
Para fazermos uma comparação de um ponto de vista histórico, não podia deixar de referir o exemplo da antiga Grécia, onde surgiu a palavra idiota, que hoje em dia é utilizada para classificar alguns políticos, mas que na altura servia para classificar quem não tinha qualquer interesse em fazer parte das decisões do Estado grego, que funcionava através de um modelo de democracia directa, também muito falado actualmente.
Mas o que será que esta ridícula percentagem da população em termos numéricos, tem a mais do que a larga maioria? Será que são mais capazes e mais inteligentes que todos os outros ou serão apenas aqueles que têm algum interesse pela coisa pública, ou por outro lado, como muitas vezes ouvimos dizer, têm o interesse de elevar as suas próprias aspirações pessoais?
Para fazermos uma comparação de um ponto de vista histórico, não podia deixar de referir o exemplo da antiga Grécia, onde surgiu a palavra idiota, que hoje em dia é utilizada para classificar alguns políticos, mas que na altura servia para classificar quem não tinha qualquer interesse em fazer parte das decisões do Estado grego, que funcionava através de um modelo de democracia directa, também muito falado actualmente.
No entanto, torna-se pertinente que nos perguntemos a nós próprios as razões que nos levam a assitir a tanta passividade no que toca a esta temática. Porque será que em Portugal, tão poucas pessoas aderem aos Partidos Políticos? Será que é pelo preconceito da dependência? Será que é por desconhecerem as ideologias que lhes estão inerentes? Será pela má fama que tem vindo a crescer exponencialmente devido a falsas promessas pré-eleitorais e devido a casos mediáticos de corrupção?
Sem dúvida que todas estas questões têm uma resposta positiva, mas todas elas devem ser alvo de uma profunda reflexão pois todas elas se tornam falaciosas. Ninguém perde a independência ao entrar num Partido Político, antes pelo contrário! Entrar num partido político é acrescentar independência a nós próprios, pois mais vale que escolhamos um partido livremente e ideologicamente e dentro dele façamos parte das decisões, do que deixar que todos os partidos políticos, decidam tudo por nós, inclusive quem são os seus candidatos aos altos cargos da vida política do nosso país.
Torna-se pertinente concluir que hoje em dia, as nossas gerações que são de facto as mais formadas de sempre, não conhecem as ideologias políticas dos diferentes partidos, não tendo por vezes qualquer noção da diferença entre a esquerda e a direita.
Este não é um problema dos jovens, é um problema do modelo educativo que não oferece qualquer tipo de competências transversais que permitam que nos formemos como cidadãos activos da nossa sociedade democrática. De facto, ser cidadão e participar na política, não é participar apenas dentro dos partidos políticos e até é sabido, que são as causas que mais mobilizam, sendo de realçar a importância dos movimentos associativos.
Mesmo para quem não se quer ligar de alguma forma a associações ou partidos políticos, continuamos a não ter desculpa para tamanho alheamento, pois temos a oportunidade de algumas vezes por ano, assistir e intervir em assembleias de freguesia e municipais, meramente por sermos cidadãos dos respectivos espaços de residência. Mas claro, quem é que aprende isto na escola, mesmo apesar de já há muitos anos existir uma disciplina com o nome “Formação Cívica”? Esta passividade quase cultural, só poderá mudar alguma vez, através da educação para a cidadania!
Respondendo à última das falácias, resta-me referir que a corrupção está patente em todas as àreas e domínios da sociedade, não sendo no entanto, uma desculpa para os titulares de cargos políticos, que de facto têm vindo a fazer falsas promessas.
Aliás, duvido que exista alguém que pense conscientemente bem da classe política em Portugal e deste modelo democrático que se diz representar os cidadãos. Sei que a todos nós jovens e cada vez mais, a política desilude! Mas também sei e quero-vos convencer que ela só muda com a nossa atitude, pois não há mudança sem renovação. É disto que nos temos de lembrar quando assistimos nas ruas a manifestações com centenas de milhar de jovens e vemos simultaneamente, líderes dos grandes partidos a serem eleitos dentro dos mesmos com apenas 27 000 votos. Mais do que sermos reaccionários, necessitamos hoje, de idealizar e construir políticas virtuosas!
Estimados amigos e amigas, nós temos efectivamente, de nos tranformar na mudança que queremos ver!
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